Nessa capela...

por Alberto J. Muniagurria

Se recorremos o tempo de caminhada passado desde 1910, muitos sonhos e construções foram desenvolvidos no quarteirão das ruas Urquiza e França, outros derrubados, histórias que ocorreram, pessoas e personagens que passaram por esses corredores abertos.

Um sino anunciava a entrada dos professores, 3 sinos a chegada de um paciente para a emergência. Campanadas sucessiva chamavam para o início da celebração religiosa. Na capela de Suipacha e Urquiza, naquela esquina onde os alunos que estavam por realizarem provas se aproximavam para pedir ao seu Deus que os ajudassem com as perguntas das provas, que caisse justamente os termas mais lidos, ou o paciente que chorava e pedia a cura do seu filho hospitalizado, ou aquele visitante ocasional encontrado seu momento de silêncio. Muitas histórias e experiências  esquecidas na memória, mas com marcas fortes para serem recuperadas no imaginário coletivo.

Nos Jardins da capela de São Francisco, por que esse é o seu nome, está a  imagem da Virgen da Paz, com a criança em seus braços, oferecendo conforto aos que buscam um lugar de retiro e meditação.

Assim sendo, por tudo antes mencionado foi que a Fundação deu início, seguindo os desejos de María Antonia Astengo em recuperar para o tecido urbano e hospitalário, a casa religiosa, que agora é propriedade da Universidade, mas foi oferecida como empréstimo ao arcebispado.

O entusiasmo da fundação contagiou ao Arcebispado, a Universidade, o Governo Estadual e Municipal, e a Faculdade de Ciências Médicas, que ao estarem juntos em um objetivo comum, adquiriram uma capacidade de tornar a sociedade um pouco melhor .

Porque esse foi o objetivo que prevaleceu nas origens do hospital, que todos fossem um pouco melhor ...

Agosto de 2013

A Fundação se reuniu com o Reitor da U.N.R. Darío Maiorana para realizar obras de melhoria e reinserção da capela e dos jardins do Hospital do Centenário, o mesmo projeto conta com a instalação de uma fonte doada pela Sra. Maria Antonia Astengo de Barrutia para a colocação no prédio do hospital.

Agosto de 2014

Se iniciaram as tarefas de condicionado na esquina da rua Suipacha e Urquiza, correspondentes aos jardins da Capela São Francisco com a colaboração do paisagista Francisco Enz Urquiza. 

Além disso, se apresentou o recinto aos diferentes grupos de arquitetura para escolher quem irá realizar a valorização da Capela

Outubro 2014

Começam as obras de reparação da Capela do Centenário com a direção técnica do Arquiteto Rafael Araya e a execução da equipe ONE construções, sob supervisão do Arquiteto Gerardo Oneglia.

Novembro 2014

No dia 9 de Novembro foi recebida a visita do arcebispo de Rosario, Monsenhor Eduardo Eliseo Martin, que celebrou uma missa para os doentes na igreja "São Francisco" localizada no campus do hospital foi. Este evento tem interesse não somente por receber a este representante da Igreja Católica, mas por ser a primeira vez na história do Centenário que um Bispo celebra uma missa em seu gabinete. Em suas palavras pelo evento, o arcebispo falou de compaixão e emoção que surge para assumir a tarefa assistencial. No ano que termina a Universidade entregou a cúria de Rosario a adminitração do espaço de  oração por 50 anos. Portanto, a nossa fundação está realizando obras de infraestrutura que irão valorizar este lugar entre as ruas Suipacha e Urquiza, cumprindo os desejos da Sra Maria Antonia Astengo de Barrutia. 

Fevereiro 2015

Se avança com as tarefas de acondicionamento da esquina das ruas Suipacha e Urquiza, correspondente à Capela São Francisco. Esta semana se iniciam a pintura completa do edifício graças a generosidade de Publicar S.A. (Sr. Guillermo Frutos).

31 de Março de 2015

Finaliza a primeira e mais importante etapa da restauração e se realiza uma missa de ação de graças para celebrar dito evento contanto a participação de mais de 300 pessoas no recinto. Se continua com o trabalho de embelezamento dos jardins da Igleja e se começa a transferência da Fonte do Anjo para o mesmo predio.

Domingo, 29 de maio de 2016

Uma tradicional missa del Corpus Christi, em frente ao Hospital Centenário

A celebração de Corpus Christi foi dedicada aos enfermos e se realizou por primeira vez na explanada de um centro de saúde

por María Laura Favarel / La Capital

A tradicional missa e procissão se realiza na Catedral e na praça 25 de Maio. Mas neste ano o bispo de Rosário, Eduardo Martín, quis que a missa fosse dedicada aos enfermos do Hospital Centenário.

Desafiando o frio, vento e, por momentos os intensos choviscos, uma multidão de fiéis se congregaram na explanada do centro assistencial, onde teve lugar por primeira vez na história a festa católica de Corpus Christi (corpo de Cristo).

Colocaram o altar em frente ao efetor, onde Martín celebrou a missa acompanhado por todos os sacerdotes da cidade. Enquanto isso, uma multidão de fiéis permaneceram na esquina das ruas Francia e Urquiza.

"Cuidemos dos enfermos", dice o arcebispo e centrou sua homilia num pedido: que todas as pessoas de boa vontade façam cargo dos enfermos e dos anciãos. Tratou de uma mensagem que com toda certeza fez eco sobre o que o Papa Francisco prega sem cessar, quando pede que não deixemos de lado aos mais frágeis da sociedade, especialmente neste ano dedicado à “misericórdia”. "Celebramos esta missa na entrada do hospital para que aprendamos a ver a Jesus nos que sofren, nos enfermos. Devemos ser hoje, quem contribui com uma parte, para que Deus faça seus milagres”, proclamou. 

Recordou que "Jesus quer chegar a todos os enfermos para consolar-los y curar-los", e destacou o valor do sofrimento para los cristianos que sabem que Cristo também sofreu.

Nesse marco agradeceu a tarefa realizada pelos médicos, enfermeiros e todo o pessoal do hospital, e aos voluntários que entregaram ontem as doações de roupas e comidas para os internos. 

A caminhada. Ao terminar a missa, o arcebispo realizou um gesto único. Enquanto as pessoas esperavam que saísse a procissão com a hostia branca, assentada sobre una custódia dourada, monsenhor Martín se dirigiu ao interior do hospital para bendizer em primeiro lugar aos enfermos.

Os fiéis esperaram pacientemente até que o bispo saiu em procissão solene acompanhado por todos os fiéis. Com a custódia debaixo de um pálio, esteve resguardado dos choviscos e centos de guarda-chuvas se misturavam para seguir-lo em procissão.

A caminhada começou no Centenário e logo a multidão seguiu ao bispo pelas ruas Francia, Tucumán e Riccheri, para terminar na paróquia Imaculada Conceição localizada na esquina das ruas Riccheri e Salta.

Silêncio. Durante o recorrido, o bispo levou o corpo de Cristo em solene silêncio. Os assistentes acompanharam com cantos e orações.

A celebração foi finalizada com o agradecimento do monsenhor Martín à todas as pessoas que colaboram no cuidado dos enfermos e um fervoroso e alegre aplauso da multidão que contrastou com aquele dia cinza e desagradável.